A decisão foi tomada numa assembleia de credores, seguindo a proposta dos administradores de insolvência, uma vez que a empresa já não detém praticamente nenhuns ativos. A insolvência da Siavilo foi requerida pela própria TAP SA, que é a sua principal credora, reclamando créditos de 1,1 mil milhões de euros. O pedido foi decretado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa em agosto, culminando um processo que já era esperado, dado que a holding apresentava uma situação líquida negativa superior a mil milhões de euros e já não detinha participação em qualquer negócio relevante. A empresa deixou de ser acionista da TAP SA em 2021, após as injeções de capital público na companhia aérea. Os últimos ativos de relevo, como a participação na Portugália, Cateringpor e UCS, foram vendidos à TAP SA em janeiro. Atualmente, os únicos ativos com alguma liquidez são depósitos bancários no valor total de 23,8 milhões de euros, um montante residual face às dívidas reclamadas, que ultrapassam os 1,3 mil milhões de euros. Entre os credores contam-se também a Parpública e a companhia aérea brasileira Azul, que reclamam 235,26 milhões de euros relativos a uma emissão de obrigações convertíveis de 2012. O processo de liquidação poderá arrastar-se durante anos, enquanto se procura maximizar a liquidez dos poucos ativos restantes.