O processo de reprivatização, relançado em julho após uma interrupção devido à queda do Governo anterior, prevê a alienação de uma participação minoritária, com 5% do capital reservado aos trabalhadores.

Para garantir a transparência e isenção da operação, foi criada uma comissão de acompanhamento presidida pelo economista Daniel Traça.

A visão da gestão da TAP, expressa pelo seu CEO, Luís Rodrigues, é clara: a integração num grande grupo é inevitável.

“Os tempos do orgulhosamente sós já foram”, afirmou, sublinhando que, se a companhia permanecer isolada, “vai ser muito duro”.

Esta perspetiva é partilhada por potenciais compradores, como a IAG (detentora da British Airways e Iberia), cujo CEO, Luis Gallego, destacou o valor estratégico da TAP, nomeadamente a sua forte presença no mercado brasileiro e a menor sobreposição de hubs em comparação com outros concorrentes.

O Governo optou por não incluir uma estimativa de receita da venda no Orçamento do Estado para 2026, para não “influenciar nessas negociações”. Esta abordagem estratégica visa maximizar o valor da alienação, num processo que definirá o futuro da companhia e o seu papel no hub de Lisboa e nas ligações estratégicas para Portugal.