A Comissão de Trabalhadores (CNT) classificou a decisão como uma “tremenda injustiça” e iniciou um abaixo-assinado para exigir uma compensação.

A transação representa um marco financeiro significativo, permitindo ao Estado recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição desde a resolução do BES. Pela primeira vez, o Novo Banco pagou também dividendos ao Estado, no valor de 20 milhões de euros.

No entanto, o sucesso financeiro da operação foi ofuscado pela disputa laboral.

A CNT, citando a canção “Os Vampiros” de Zeca Afonso, argumentou que “foi graças ao empenho, profissionalismo, resiliência e dedicação dos trabalhadores que o Novo Banco superou os desafios de um exigente processo de reestruturação”. A comissão exige um prémio equivalente a, no mínimo, dois salários para cada um dos mais de 4.000 funcionários, o que totalizaria cerca de 25 milhões de euros, “uma migalha do grande bolo”.

A administração do banco, liderada por Mark Bourke, recusou o pedido, considerando suficientes os bónus atribuídos no último ano.

A CNT pediu audiências ao Ministério das Finanças e ao Fundo de Resolução para expressar a sua indignação.