A Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell enfrenta um obstáculo significativo com a recusa da Zurich, segundo maior acionista do banco catalão, em vender a sua participação de quase 5%. A seguradora suíça considera que a oferta não é atrativa e não reflete o valor do Sabadell, alinhando-se com a posição do conselho de administração da instituição visada. A posição da Zurich, comunicada a poucos dias do fim do prazo da OPA, que termina a 10 de outubro, representa o primeiro grande investidor institucional a rejeitar publicamente a proposta do BBVA. A seguradora afirmou que “a oferta atual não representa uma proposta atrativa para os acionistas do Sabadell para além das perspetivas independentes da empresa”.
Esta declaração contrasta com a confiança expressa pelo presidente do BBVA, Carlos Torres, que estimou conseguir o controlo de 60% a 70% do capital. Por outro lado, o CEO do Sabadell, César González-Bueno, manifestou ceticismo quanto ao sucesso da OPA, afirmando que o BBVA só teria assegurado cerca de 12% do capital até ao momento.
A batalha pelo controlo do Sabadell intensifica-se, com o desfecho a depender da decisão dos restantes acionistas, num dos movimentos de consolidação mais observados no setor bancário espanhol.
Em resumoA OPA hostil do BBVA ao Sabadell entrou numa fase crítica, com a oposição firme de um acionista-chave como a Zurich a lançar dúvidas sobre o sucesso da operação. O desfecho irá determinar se o BBVA consegue avançar com a sua estratégia de consolidação ou se o Sabadell mantém a sua independência, como defendido pela sua administração.