O processo de privatização da Azores Airlines, companhia do grupo SATA, enfrenta um momento crítico, com uma reunião agendada para tentar alcançar um entendimento com o único concorrente admitido. A operação é uma componente fundamental do plano de reestruturação da transportadora açoriana, que foi aprovado pela Comissão Europeia.\n\nAs negociações decorrem entre a administração da SATA, o júri do concurso liderado por Augusto Mateus e o consórcio Newtour/MS Aviation. O Governo Regional dos Açores concedeu “mais uma chance” ao consórcio para apresentar uma proposta firme, alertando que, em caso de insucesso, as alternativas poderiam ser uma “negociação particular” ou mesmo o encerramento da companhia.
A pressão sobre o processo é elevada, com a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores a solicitar um plano de contingência para o cenário de fecho. Do lado dos trabalhadores, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) manifestou abertura para dar aval à privatização, mas impõe como condições a verificação da “idoneidade financeira, técnica e laboral do comprador” e a salvaguarda dos direitos dos trabalhadores.
O consórcio, que conta com o interesse do gestor Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, reafirmou o seu empenho em “encontrar uma solução para a SATA”.
Tavares vê um enorme potencial estratégico no hub da companhia, descrevendo-o como “um porta-aviões no meio do Atlântico”, mas condiciona o avanço do negócio a um acordo com os sindicatos.
Em resumoA privatização da Azores Airlines está numa fase decisiva, dependendo do sucesso das negociações com o único consórcio interessado. O desfecho é vital para o futuro da companhia, com o governo a admitir cenários drásticos em caso de falha, enquanto sindicatos e empresários locais observam o processo com apreensão.