A Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil lançada pelo BBVA sobre o Banco Sabadell, uma das mais relevantes movimentações no setor bancário espanhol, aproxima-se do seu termo enfrentando forte oposição. A seguradora Zurich, segundo maior acionista do Sabadell, anunciou que não irá vender a sua participação de quase 5%, considerando a oferta pouco atrativa.\n\nA decisão da Zurich representa um revés significativo para as ambições do BBVA e um forte apoio à estratégia de independência defendida pelo conselho de administração do Sabadell, liderado por César González-Bueno, que tem manifestado publicamente o seu ceticismo quanto ao sucesso da OPA. A posição da seguradora suíça, que mantém uma aliança estratégica com o Sabadell na área de banca-seguros, contrasta com a de outros investidores, como o mexicano David Martínez, que se mostrou favorável à operação.
Este movimento intensifica a batalha pelo controlo do banco catalão nos últimos dias do prazo de aceitação da oferta.
A OPA do BBVA surgiu como uma nova tentativa de fusão, depois de as negociações entre as duas instituições terem falhado em 2020 por desacordo sobre o preço.
Agora, o mercado aguarda para ver se o BBVA conseguirá obter a adesão mínima necessária para levar a operação a bom porto, num cenário de crescente polarização entre os acionistas do Sabadell.
Em resumoA OPA hostil do BBVA ao Sabadell entra na sua fase final com a notável rejeição da Zurich, um acionista-chave, o que reforça a posição da administração do Sabadell e aumenta a incerteza sobre o sucesso da operação que poderá reconfigurar o mapa bancário espanhol.