O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) manifesta-se favorável à venda, mas impõe condições claras para salvaguardar os direitos dos trabalhadores e o interesse público regional.

O encontro, solicitado pelo presidente do júri, Augusto Mateus, visa desbloquear o processo, depois de o júri ter pedido “mais uns dias” para tentar alcançar um entendimento.

O consórcio Newtour/MS Aviation, único concorrente admitido, reafirmou o seu empenho em encontrar uma solução para a SATA.

A posição do SPAC é um elemento central nas negociações.

O sindicato apoia a privatização, mas exige a verificação das “idoneidades financeira, técnica e laboral do comprador” e a proteção dos direitos dos trabalhadores.

Numa declaração, o vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, afirmou que os pilotos rejeitam “a aparente ‘chantagem’ de condicionar a apresentação da proposta a cortes prévios nas condições de trabalho”. O sindicato defende que qualquer proposta vinculativa deve ser apresentada sem pré-condições laborais e que só após a definição de um comprador se poderá discutir o que for necessário, com base em “dados, metas e escrutínio”. Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis e figura do consórcio interessado, já declarou publicamente que qualquer mudança deve ser feita com os trabalhadores e com acordo sindical, uma posição que o SPAC considera “convergente” e que “abre espaço a soluções sérias e responsáveis”.