A família Balsemão admitiu publicamente, pela primeira vez, que o futuro da Impresa poderá passar pela venda a investidores estrangeiros, num momento em que o grupo enfrenta uma “gravíssima situação financeira”.
No entanto, a concretização do negócio com a MFE parece agora mais distante.
Fontes de mercado apontam duas razões principais para o súbito desinteresse dos italianos: a situação das contas da Impresa seria ainda mais grave do que a inicialmente transmitida, e a percentagem do 'haircut' (perdão da dívida) que o CaixaBank estaria disposto a conceder seria insuficiente na ótica da MFE.
Este cenário coloca a família Balsemão numa posição delicada, caso se confirme a desistência do grupo Berlusconi.
A situação da MFE noutros mercados europeus serve de pano de fundo. Após a aquisição de uma participação maioritária na ProSieben, a segunda maior televisão privada alemã, persistem incertezas sobre o futuro dos trabalhadores e a linha editorial, com a Associação Alemã de Jornalistas a alertar para o risco de influência populista e perda de empregos.
A MFE, por sua vez, tem reiterado o compromisso de preservar a independência editorial e a identidade local das empresas que adquire.














