A operação é vista como crucial para o futuro da companhia, que, segundo o seu CEO, dificilmente sobreviverá de forma isolada no competitivo mercado aéreo atual.

A alienação de até 49,9% do capital da transportadora, com 5% reservados aos trabalhadores, marca um ponto de viragem estratégico. O CEO da TAP, Luís Rodrigues, sublinhou a inevitabilidade desta integração, afirmando que “os tempos do orgulhosamente sós já foram” e que, dentro de um ano, a companhia deverá estar “integrada num grupo gigante de aviação”.

Esta visão é partilhada pelo Governo, que, para garantir a transparência do processo, oficializou uma comissão de acompanhamento presidida pelo economista Daniel Traça. A receita da venda não constará no Orçamento do Estado para 2026, uma estratégia para não influenciar as negociações.

Entre os interessados destaca-se o grupo IAG, detentor da British Airways e da Iberia.

O seu CEO, Luis Gallego, tem vindo a público defender o modelo de gestão descentralizado do grupo, que permite às companhias manterem a sua identidade e autonomia operacional.

Gallego considera que a proposta da IAG é a que apresenta menor sobreposição de rotas em comparação com outros concorrentes, como a Air France-KLM e a Lufthansa, o que simplificaria a aprovação por parte das autoridades da concorrência. A IAG realça ainda o potencial do hub de Lisboa e a forte presença da TAP no mercado brasileiro como ativos estratégicos.