O processo de privatização da Azores Airlines enfrenta um momento decisivo, com uma reunião agendada para tentar desbloquear as negociações entre a administração da SATA, o júri do concurso e o único consórcio concorrente. A conclusão do processo é vista como vital para a reestruturação da companhia aérea açoriana, mas depende de um entendimento que tarda em chegar. A reunião, marcada para 13 de outubro em Lisboa, foi solicitada pelo presidente do júri, Augusto Mateus, e junta à mesa a administração da SATA e o agrupamento Newtour/MS Aviation, único proponente admitido.
O impasse prolonga-se, com o júri a pedir “mais uns dias” para dar “mais uma chance” a um entendimento.
O Secretário Regional das Finanças, Duarte Freitas, já havia alertado que, caso não surja uma proposta firme, as alternativas passam pela “negociação particular” ou pelo encerramento da companhia, um cenário que reflete a urgência em cumprir o plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia em 2022.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) manifestou-se favorável à privatização, mas impõe condições claras. Frederico Saraiva de Almeida, vice-presidente do SPAC, afirmou que o sindicato rejeita a “aparente ‘chantagem’ de condicionar a apresentação da proposta a cortes prévios nas condições de trabalho”.
Os pilotos exigem que a proposta vinculativa seja apresentada sem pré-condições laborais e que, só depois, se discutam eventuais alterações, sempre com a salvaguarda dos direitos dos trabalhadores e do interesse público regional.
Em resumoA privatização da Azores Airlines encontra-se num ponto crítico, dependendo de uma reunião crucial com o único consórcio concorrente para evitar cenários como a negociação particular ou o encerramento. O governo regional pressiona por uma resolução, enquanto o sindicato dos pilotos apoia o processo, mas exige garantias para os trabalhadores e a manutenção do interesse público açoriano.