A decisão surge enquanto se aguarda o registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória lançada pela Visabeira sobre a empresa.
A proposta de distribuição de reservas, equivalente a quatro cêntimos por ação, tinha sido apresentada a 11 de setembro pelos principais acionistas, a I’M (dos irmãos Martins) e a Mota-Engil. No entanto, a 9 de outubro, véspera da assembleia, os mesmos acionistas solicitaram a retirada da proposta, o que levou à desconvocação da reunião. O comunicado da Martifer à CMVM fundamenta a decisão no facto de “terem sido mantidos contactos com a entidade supervisora CMVM e, estar ainda, à data de hoje, o registo da Oferta Pública de Aquisição Obrigatória preliminarmente anunciada pela Visabeira sobre a MARTIFER – S.G.P.S., S.A., pendente de condições”. Este desenvolvimento ocorre num contexto em que a OPA da Visabeira, anunciada em agosto, tem sido alvo de contestação por parte de alguns investidores, que consideram a contrapartida de 2,057 euros por ação demasiado baixa e não refletora do valor dos ativos da empresa.
Apesar disso, a administração da Martifer já tinha emitido um parecer favorável, considerando a oferta “suscetível de ser aceite” e as condições “adequadas”. A intervenção da CMVM e o consequente cancelamento da distribuição de reservas adicionam uma nova camada de complexidade ao processo de aquisição, que continua pendente de aprovação regulatória.














