Contudo, o interesse do grupo Berlusconi poderá estar a diminuir devido a dois obstáculos principais.

Em primeiro lugar, os resultados preliminares da 'due diligence' em curso poderão ter revelado uma situação financeira da Impresa ainda mais grave do que a inicialmente comunicada. Em segundo lugar, existe um aparente impasse relativamente ao 'haircut' (perdão de dívida) que o CaixaBank, o maior credor do grupo, estaria disposto a conceder.

A percentagem proposta seria considerada insuficiente pelos investidores italianos para viabilizar o negócio.

Este contexto de negociações frágeis insere-se num movimento mais amplo de entrada de capital estrangeiro nos media portugueses, como a aquisição das rádios da Media Capital pela Bauer em 2022 e a compra de A Bola pelo grupo suíço Ringier em 2024.

A confirmação ou o fracasso do negócio terá de ser comunicada à CMVM, sendo uma informação relevante sobre uma empresa cotada.