A Comissão Europeia aplicou multas que totalizam 157 milhões de euros às marcas de luxo Gucci, Chloé e Loewe por práticas anticoncorrenciais. A investigação concluiu que as empresas restringiram ilegalmente a liberdade dos retalhistas independentes de definirem os seus próprios preços de venda, prejudicando os consumidores. A investigação, iniciada por iniciativa própria do executivo comunitário e que incluiu inspeções não anunciadas em abril de 2023, revelou que as três casas de moda impuseram restrições aos seus distribuidores independentes. Estas práticas incluíam a obrigação de seguir preços de retalho recomendados, a imposição de limites máximos de desconto e a definição de períodos específicos para saldos. Em alguns casos, os retalhistas foram temporariamente proibidos de aplicar qualquer desconto, o que, segundo Bruxelas, resultou numa “uniformização artificial dos preços no mercado europeu”.
As infrações abrangeram quase toda a gama de produtos das marcas, incluindo vestuário, calçado e artigos de couro, e estenderam-se por quase todo o Espaço Económico Europeu.
A Gucci manteve estas práticas entre 2015 e 2023, a Loewe desde 2015 e a Chloé desde 2019.
O valor total da multa, originalmente mais elevado, foi reduzido devido à cooperação das empresas durante o processo.
A Gucci foi a mais penalizada, com uma coima de 119,7 milhões de euros, enquanto a Chloé e a Loewe foram condenadas a pagar 19,7 milhões e 18 milhões de euros, respetivamente.
Em resumoA Gucci, a Chloé e a Loewe foram multadas num total de 157 milhões de euros pela Comissão Europeia por fixação ilegal de preços. As marcas foram consideradas culpadas de restringir a capacidade dos retalhistas independentes de definirem os seus próprios preços durante quase uma década, o que resultou em custos mais elevados para os consumidores.