O negócio visa salvar o grupo da família Balsemão, que enfrenta uma dívida superior a 140 milhões de euros, mas enfrenta obstáculos significativos que ameaçam a sua concretização.
Um dos principais entraves é o "braço-de-ferro" com o CaixaBank, o maior credor da Impresa.
O grupo Berlusconi considera que o perdão da dívida ('haircut') que o banco espanhol está disposto a conceder é insuficiente para justificar o investimento. A intransigência dos italianos terá sido reforçada pelos resultados prévios da 'due diligence', que apontam para uma situação financeira do grupo Impresa "ainda mais grave" do que o inicialmente transmitido.
Acresce a necessidade de avultados investimentos na área da produção e tecnologia.
As negociações, abertas por António Horta Osório, preveem a permanência da família Balsemão no capital e na gestão, embora os detalhes sobre quem mandará no imediato ainda estejam por acertar, com os italianos a pretenderem o controlo.
A recente aquisição de veículos elétricos de topo de gama para os quadros dirigentes da Impresa terá também causado "um profundo mal-estar junto dos italianos", num contexto de grave crise financeira.














