O negócio, que visa salvar o grupo português de uma dívida superior a 140 milhões de euros, enfrenta dificuldades relacionadas com a reestruturação da dívida e a avaliação financeira da empresa.
As negociações, que se arrastam, parecem ter entrado num impasse.
Fontes indicam que o negócio "pode estar por um fio", com o grupo Berlusconi a ponderar desistir.
A razão principal seria o resultado de uma 'due diligence' que terá revelado uma situação financeira da Impresa "ainda mais grave" do que o inicialmente transmitido. Outro grande entrave é o "braço-de-ferro" com o CaixaBank, o maior credor do grupo de Francisco Pinto Balsemão, sobre o valor do perdão da dívida ('haircut').
A MFE considera o montante que o banco está disposto a conceder como insuficiente para viabilizar o seu investimento em Portugal, que inclui também a necessidade de avultados investimentos em tecnologia e produção.
A estrutura do acordo prevê a permanência da família Balsemão no capital e na gestão do grupo, embora o controlo, imediato ou futuro, seja o objetivo dos italianos. Anteriormente, o grupo Soares dos Santos terá ponderado investir, mas pretendia um controlo e cortes profundos que Balsemão não aceitou.














