As negociações, que contam com a mediação de António Horta Osório, enfrentam um obstáculo significativo: um "braço-de-ferro" com o CaixaBank, o maior credor da Impresa.
A MFE considera insuficiente o perdão de dívida ('haircut') proposto pelo banco, especialmente após uma 'due diligence' ter revelado uma situação financeira "extremamente grave" que exigirá avultados investimentos em tecnologia e produção.
A intransigência dos italianos é reforçada pela perceção de que, apesar das dificuldades, a gestão da Impresa realizou recentemente uma dispendiosa renovação da sua frota automóvel.
Antes das negociações com a MFE, a família Soares dos Santos (Jerónimo Martins) terá considerado investir no grupo, mas as suas exigências de controlo total e cortes profundos não foram aceites por Francisco Pinto Balsemão.
O atual acordo em discussão com a MFE, embora ainda incerto, parece ser a via preferencial para assegurar a continuidade do grupo, permitindo à família fundadora manter influência, mesmo que o controlo passe, a curto ou longo prazo, para os italianos.














