A empresa espanhola Duro Felguera anunciou um plano de reestruturação que levará à diluição da participação detida pela Mota-Engil México. O plano envolve um empréstimo convertível de 10 milhões de euros do acionista maioritário, o Grupo Prodi, que a construtora portuguesa decidiu não acompanhar. Este desenvolvimento marca uma viragem na relação entre a Mota-Engil e a Duro Felguera, menos de três anos após o grupo português se ter tornado um acionista de referência. O plano de reestruturação da empresa de engenharia espanhola, que enfrenta dificuldades financeiras, inclui a venda de ativos não estratégicos e uma injeção de capital do Grupo Prodi, que detém uma participação de 30,77%. A Mota-Engil México, com 23,89%, optou por não participar na nova ronda de financiamento.
Consequentemente, a sua participação será diluída, sinalizando uma potencial retirada estratégica ou um papel reduzido no futuro da empresa espanhola.
A notícia levou à suspensão das ações da Duro Felguera na bolsa de Madrid, as quais acumulam uma desvalorização de 84% desde março de 2021.
A decisão sugere que a Mota-Engil está a reavaliar o seu investimento, optando por não comprometer mais fundos no plano de recuperação, enquanto o parceiro mexicano, Grupo Prodi, reforça o seu controlo.
Esta medida permite à Mota-Engil limitar a sua exposição às dificuldades financeiras da Duro Felguera, enquanto esta avança com uma reestruturação necessária, mas desafiadora.
Em resumoA Mota-Engil irá diluir a sua participação na empresa espanhola Duro Felguera como parte de um novo plano de reestruturação. O grupo de construção português optou por não participar numa nova injeção de capital liderada pelo acionista maioritário, o Grupo Prodi, sinalizando uma mudança estratégica no seu envolvimento.