A Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell fracassou, não tendo alcançado o apoio mínimo necessário dos acionistas. A operação, que visava criar um dos maiores grupos bancários europeus, enfrentou resistência do conselho de administração do Sabadell e do governo espanhol. O fracasso da oferta hostil do BBVA marca um momento significativo para o setor bancário espanhol. O BBVA obteve apenas 25,47% do capital do Sabadell, muito aquém do seu objetivo mínimo de 50,01%. O presidente do Sabadell, Josep Oliu, afirmou que "existiam as condições" para o negócio ser bem-sucedido, mas a um preço superior, argumentando que o BBVA "não foi capaz de ver que deveria fazer um aumento muito substancial de preço que não fez".
A proposta, totalmente em ações, avaliava cada ação do Sabadell em 3,39 euros.
A tentativa de aquisição enfrentou desafios desde o início, incluindo uma forte oposição do conselho do Sabadell, que por duas vezes aconselhou os acionistas a rejeitarem a oferta, considerando que esta subavaliava o banco.
Além disso, o governo espanhol manifestou a sua oposição, e a Comissão Europeia chegou a abrir um processo de infração contra Espanha por legislação que permitia ao governo impor condições à fusão.
O colapso da oferta, descrita pelo BBVA como uma "oportunidade perdida para todos", preserva por agora a independência do Sabadell, mas deixa em aberto questões sobre a futura consolidação no panorama bancário europeu.
Em resumoA OPA hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell falhou por não ter obtido apoio suficiente dos acionistas. O fracasso da operação, que enfrentou a oposição do conselho do Sabadell e do governo espanhol, impede a criação de um novo gigante bancário europeu e mantém o Sabadell independente.