A proposta de fusão entre os gigantes de bancos de imagens Getty Images e Shutterstock enfrenta um obstáculo significativo no Reino Unido, com a Autoridade da Concorrência e Mercados (CMA) a alertar para um risco de “diminuição substancial da concorrência”. A entidade reguladora deu um prazo até 27 de outubro para que as empresas apresentem soluções que respondam a estas preocupações. A CMA concluiu que a aquisição da Shutterstock pela Getty Images, um negócio avaliado em mais de 3,4 mil milhões de euros, levanta sérias preocupações de concorrência no fornecimento de conteúdo editorial no Reino Unido e de conteúdo de arquivo a nível global. A análise do regulador focou-se nos efeitos unilaterais horizontais, ou seja, na eliminação de um concorrente direto, o que poderia levar a preços mais altos, menor qualidade e menos inovação para os clientes, que incluem emissoras, grupos de notícias e editoras.
A autoridade destacou a importância do conteúdo centrado no Reino Unido, como eventos noticiosos e desportivos locais, onde a fusão teria um impacto particularmente negativo.
A operação, proposta em janeiro de 2025, está também a ser analisada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Caso as empresas não apresentem “compromissos” ou “remédios” satisfatórios para a CMA, a fusão poderá ser bloqueada, pelo menos no mercado britânico.