O negócio representa a maior aquisição na história da L'Oréal.
Inclui a venda da prestigiada casa de perfumes Creed, que a Kering tinha adquirido em 2023 por 3,5 mil milhões de euros. O acordo concede também à L'Oréal licenças exclusivas de 50 anos para o desenvolvimento e distribuição de produtos de beleza e fragrâncias das principais marcas da Kering, como Gucci, Balenciaga e Bottega Veneta.
A nova licença da Gucci entrará em vigor após o termo do contrato existente com a Coty, em 2028.
Para a Kering, esta medida é uma mudança estratégica com o objetivo de reduzir a sua dívida significativa, que ascendia a 9,5 mil milhões de euros no final de junho, acrescida de 6 mil milhões de euros em passivos de arrendamento a longo prazo. A venda é vista como um "remédio amargo, mas necessário", segundo analistas da Bernstein, dado que a divisão de beleza registou perdas operacionais de 60 milhões de euros no primeiro semestre do ano. A divisão Kering Beauté foi criada para diversificar as fontes de receita e reduzir a dependência da Gucci, que tem enfrentado uma desaceleração nas vendas, especialmente no mercado chinês. O mercado reagiu positivamente, com as ações da Kering a subirem 4,7% e as da L'Oréal a ganharem 1,4% após o anúncio.














