A nova entidade pretende fazer frente a empresas norte-americanas, como a Starlink de Elon Musk, e a concorrentes chineses, que têm vindo a dominar o mercado de comunicações por satélite. A potencial fusão, que começou a ser discutida em meados do ano passado, resultará numa nova empresa que empregará cerca de 25.000 trabalhadores em toda a Europa.

Este movimento de consolidação é visto como uma resposta à necessidade de a Europa ganhar escala e soberania tecnológica num setor cada vez mais competitivo e estratégico.

A operação combina as capacidades de três dos maiores players da indústria de defesa e aeroespacial do continente, unindo a experiência da Airbus em aeronaves e sistemas espaciais, da Thales em eletrónica de defesa e sistemas digitais, e da Leonardo em aeroespacial e segurança. A criação desta nova entidade está, no entanto, dependente da aprovação da Autoridade Europeia da Concorrência, que irá analisar os potenciais impactos da fusão no mercado.

A iniciativa reflete uma tendência crescente de cooperação industrial na Europa para reforçar a sua autonomia estratégica em setores de alta tecnologia, face à crescente influência de potências como os Estados Unidos e a China.