O negócio permite uma recuperação significativa dos fundos públicos injetados no banco.
A venda das participações do Estado (11,5%) e do Fundo de Resolução (13,5%), somada aos dividendos distribuídos, resulta num encaixe de quase 2 mil milhões de euros para o setor público. A avaliação do Novobanco para esta transação foi fixada em 6,6 mil milhões de euros, um valor superior aos 6,4 mil milhões inicialmente comunicados. O acordo estabelece ainda um limite máximo de responsabilidade para o Estado e o Fundo de Resolução, fixado em 10% das receitas líquidas da venda, protegendo as entidades públicas de futuras reivindicações legais.
Numa cerimónia no Ministério das Finanças, Nicolas Namias, CEO do Grupo BPCE, expressou confiança no futuro da instituição, assegurando que o Novobanco continuará a ser um “banco português”, “dedicado ao financiamento da economia portuguesa”.
A operação, que deverá estar concluída na primeira metade de 2026, é vista pelo governo como um reforço da diversificação do sistema bancário nacional, evitando “concentrações excessivas”. O desfecho da venda coincidiu simbolicamente com a realização de buscas da Polícia Judiciária à sede do Novobanco, no âmbito da operação “Haircut”, que investiga suspeitas de ilegalidades na venda de ativos do extinto BES.














