Apesar do interesse dos potenciais compradores, o processo está envolto em incertezas financeiras.
Uma recente sentença judicial, que confirmou a nulidade de uma norma do antigo acordo coletivo de trabalho, pode resultar em indemnizações a tripulantes de cabine estimadas entre 200 e 300 milhões de euros, um valor substancialmente superior à provisão de 41 milhões de euros constituída pela TAP. Embora a Lufthansa não tenha comentado diretamente se este fator poderia levar a uma revisão do valor da oferta, a questão adiciona uma camada de complexidade à avaliação da companhia. A agência de notação financeira S&P, embora mantendo o ‘rating’ da TAP em “BB-/estável”, alertou para a incerteza ligada à privatização, sublinhando que a sua avaliação depende da perceção de que o apoio financeiro do Estado português se manterá. A S&P prevê ainda uma quebra nos lucros operacionais da TAP em 2025, devido à pressão concorrencial nas rotas transatlânticas e ao impacto de greves.
O governo português espera que o processo de venda esteja concluído no prazo de um ano, mas a conclusão dependerá das autorizações regulatórias de Bruxelas.














