O consórcio afirma que a SATA Holding não autorizou a discussão do seu projeto estratégico com os trabalhadores, escudando-se em cláusulas de confidencialidade que, na sua opinião, transformam o processo em algo “opaco e hostil”. O agrupamento considera esta postura “inaceitável” e uma “manobra” que impede os trabalhadores de conhecerem a “verdadeira situação da empresa”.

O SPAC corrobora esta visão, responsabilizando a SATA pelo bloqueio ao diálogo e exigindo transparência imediata.

Frederico Saraiva de Almeida, vice-presidente do SPAC, considera “inaceitável que uma empresa pública refira a ‘confidencialidade’ como justificação para recusar aos representantes dos Trabalhadores [...] o acesso ao projeto estratégico”.

Por sua vez, a administração da SATA Holding nega as acusações, afirmando em comunicado que “não vê inconveniente” na realização de reuniões e que nunca se opôs a que o consórcio discuta as suas propostas com os trabalhadores. A administração esclarece que a única reserva se limita a informação comercialmente sensível ou dados pessoais, e reitera que quer ser “parte da solução para o sucesso” da privatização. Este impasse ocorre num momento crítico, com um prazo definido pela Comissão Europeia para a conclusão da privatização até ao final de 2025, sob pena de encerramento da companhia.