A operação, que visa a venda de até 44,9% do capital, gera debates sobre a sustentabilidade da companhia e o futuro apoio do Estado.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, defendeu a necessidade da privatização, alegando que “ao mínimo soluço da economia não seremos capazes de segurar a TAP”.

O governante garantiu, no entanto, que a companhia “irá manter a marca e os empregos em Portugal”.

O plano prevê a venda de uma participação de até 44,9%, com 5% do capital reservados aos trabalhadores, e o prazo para a manifestação de interesse dos candidatos termina a 22 de novembro. O grupo Lufthansa já reiterou o seu “forte e duradouro interesse” na aquisição e confirmou estar a analisar “cuidadosamente” o caderno de encargos.

A Air France-KLM e o IAG também manifestaram publicamente o seu interesse.

A agência de notação financeira S&P, embora mantendo o ‘rating’ da TAP, alertou para as incertezas ligadas ao processo, sublinhando que uma eventual privatização poderá alterar a perceção de apoio financeiro extraordinário por parte do Governo, um fator que tem sido determinante na avaliação de crédito da transportadora.

A S&P prevê ainda uma descida dos lucros operacionais da companhia em 2025 devido à pressão concorrencial nas rotas transatlânticas.