A operação, que levou à suspensão da negociação das ações pela CMVM, poderá reconfigurar o panorama mediático em Portugal.
As conversações entre a Impresa e o grupo controlado pela família Berlusconi intensificaram-se, com fontes a apontarem a conclusão do negócio para o final de 2025.
A MFE, liderada por Pier Silvio Berlusconi, tem vindo a seguir uma estratégia de expansão europeia, tendo recentemente consolidado o controlo sobre a alemã ProSiebenSat.1.
A entrada no mercado português é vista como um passo lógico nessa estratégia.
A operação prevê, numa fase inicial, a aquisição de uma posição minoritária, mas com a possibilidade de, a prazo, assumir o controlo da empresa. A Impresa enfrenta um momento financeiro desafiador, com prejuízos de 5,1 milhões de euros no primeiro semestre de 2025 e a perda da liderança de audiências da SIC para a TVI, o que acentua a necessidade de encontrar um parceiro estratégico. A questão da dívida é central nas negociações, embora a hipótese de um perdão parcial (“haircut”) ainda não esteja acordada com a banca.
O CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, já tinha admitido publicamente a abertura a parceiros.
As negociações decorrem num momento de sucessão na família Balsemão, após o falecimento do fundador, Francisco Pinto Balsemão, tendo os seus cinco filhos celebrado um acordo parassocial para coordenar a sua posição estratégica na empresa.













