O acordo com os trabalhadores é a condição fundamental para que o único candidato à aquisição da companhia aérea açoriana apresente uma proposta vinculativa.

Após um período de negociações intensas e marcadas por tensão, as partes parecem ter alcançado um ponto de viragem.

O SPAC confirmou o “avanço positivo das negociações”, indicando que foram estabelecidos “princípios fundamentais” para um entendimento.

Este progresso contrasta com o clima de crispação registado em outubro, quando o consórcio acusou a SATA de bloquear o diálogo e os pilotos rejeitaram um corte salarial de 10%, por considerarem que violava o Acordo de Empresa assinado em 2024. A aproximação entre as partes foi crucial, uma vez que o consórcio liderado por Tiago Raiani e Carlos Tavares tem até ao dia 10 de novembro para formalizar a sua proposta de aquisição. A decisão final está nas mãos dos pilotos, que votarão o acordo alcançado em Assembleia de Empresa no dia 9 de novembro. O vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, destacou que a postura do sindicato tem sido pautada por um “compromisso firme com a resolução de problemas e a construção de soluções equilibradas”.

Caso o acordo seja aprovado, o processo de privatização, um dos dossiês mais sensíveis da governação açoriana, poderá ser concluído, afastando cenários alternativos como uma negociação particular ou o encerramento da companhia.