Um estudo da consultora Oliver Wyman revela que a consolidação é vista como essencial para enfrentar os desafios de investimento e rentabilidade face a gigantes como os Estados Unidos e a China.

O relatório “Capital Currents: Europe’s Telecom Industry Should Prepare for a Big M&A Shake-Up” destaca a disparidade estrutural do setor na Europa.

Enquanto um operador médio nos EUA serve 107 milhões de assinantes, na Europa esse número é de apenas 5 milhões. Esta fragmentação resulta num investimento per capita significativamente inferior (109 euros na Europa contra 174 euros nos EUA) e em receitas médias por utilizador mais baixas, o que limita a capacidade de financiar infraestruturas de nova geração.

A consultora aponta que a consolidação é a via para “garantir a escala e o capital necessários” para reforçar a soberania digital e a rentabilidade.

O estudo identifica uma mudança de postura por parte dos reguladores europeus que, historicamente restritivos, começam a mostrar maior flexibilidade, o que poderá acelerar as operações até 2028.

São identificados cinco arquétipos de M&A que moldarão o setor: consolidação nacional para aumentar a eficiência; reequilíbrio de portfólios através de desinvestimentos; consolidação transfronteiriça para criar plataformas regionais; expansão para áreas adjacentes como IoT e cibersegurança; e a separação (carve-out) e consolidação de infraestruturas, como torres e redes de fibra.