O consórcio Newtour/MS Aviation, único concorrente admitido no concurso, solicitou a prorrogação do prazo, que terminava a 10 de novembro, para poder apresentar uma “proposta melhorada”.

Esta decisão do júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, surge num momento crítico, após intensas negociações com os sindicatos.

Um dos maiores entraves foi ultrapassado quando o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou a aprovação, com 75% dos votos em Assembleia de Empresa, de um acordo com o consórcio. O vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, destacou que a postura do sindicato tem sido pautada por um “compromisso firme com a resolução de problemas e a construção de soluções equilibradas”. A privatização de uma participação de controlo (51%) é uma exigência da Comissão Europeia, na sequência da aprovação de uma ajuda estatal de 453,25 milhões de euros em 2022. O Governo Regional dos Açores admitiu a possibilidade de uma negociação particular ou mesmo o encerramento da companhia caso não se chegue a um acordo, sublinhando a urgência de uma resolução até ao final de novembro.