O júri do concurso, liderado pelo economista Augusto Mateus, aceitou um novo pedido do único concorrente, o consórcio Newtour/MS Aviation, e prorrogou o prazo para a apresentação de uma proposta vinculativa para 24 de novembro.

Um ponto crucial para o desfecho da operação foram as negociações com os sindicatos, nomeadamente com os pilotos. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou que o acordo negociado com o consórcio foi aprovado com 75% dos votos em Assembleia de Empresa, um passo considerado fundamental para desbloquear a venda. O vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, destacou que a postura do sindicato tem sido pautada por um “compromisso firme com a resolução de problemas e a construção de soluções equilibradas”. O processo tem sido marcado por adiamentos e tensões.

O prazo inicial para a proposta era 24 de outubro, tendo sido estendido para 10 de novembro e agora para 24 de novembro, para dar tempo ao consórcio para apresentar uma “proposta melhorada”.

O Governo Regional dos Açores admitiu mesmo a possibilidade de encerrar a companhia caso não se chegasse a um acordo.

A privatização de 51% do capital social da Azores Airlines é uma das exigências da Comissão Europeia no âmbito da ajuda estatal de 453,25 milhões de euros aprovada em 2022 para a reestruturação do grupo SATA.