No entanto, este número mascara a realidade subjacente do mercado: sem esta megaoperação, o capital mobilizado teria registado uma quebra de 30% em relação ao período homólogo. A análise revela ainda uma diminuição no dinamismo do mercado, com o número de transações a cair 11,1%, para 479 operações. Este padrão de "menos negócios e mais concentrados" evidencia uma consolidação em vez de uma expansão generalizada. Os investidores estrangeiros continuam a dominar, sendo responsáveis por 146 aquisições no valor de 8,1 mil milhões de euros, com a França a liderar em valor devido ao negócio do Novobanco. O setor imobiliário e o de tecnologia mantêm-se como os mais ativos, embora ambos tenham registado uma diminuição no número de transações.

O segmento de 'private equity' viu o seu valor disparar 135,9% para 7,9 mil milhões de euros, impulsionado pela saída da Lone Star do Novobanco, enquanto o 'venture capital' recuou 11,2% em valor. Embora 2025 se perfile como um dos melhores anos em valor transacionado, a análise mostra que, excluindo o efeito Novobanco, o mercado português continua numa fase de abrandamento e poucos negócios transformacionais.