A operação foi formalmente notificada à Comissão Europeia, que deverá pronunciar-se até 17 de dezembro.
Este negócio teve um impacto transformador no panorama das fusões e aquisições (M&A) em Portugal em 2025.
Antes da sua inclusão nas estatísticas, o mercado registava uma quebra de 30% no capital mobilizado nos primeiros três trimestres. Com a inclusão dos 6,4 mil milhões de euros da transação, o valor total movimentado em M&A nos primeiros dez meses do ano aumentou 33,5%, para 13,8 mil milhões de euros, mascarando uma tendência de fundo de abrandamento, com o número de transações a cair 11,1%. A operação, que envolve a venda da participação maioritária do fundo Lone Star, bem como as participações do Estado português e do Fundo de Resolução, foi formalizada a 29 de outubro. O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu que a alienação “representa o culminar de um longo processo que teve o seu início há mais de 10 anos” e reforça a diversificação do sistema bancário nacional, evitando “concentrações excessivas”.
A conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2026, dependendo ainda da aprovação de autoridades como o Banco Central Europeu. A complexidade do processo foi sublinhada por buscas realizadas pela Polícia Judiciária à sede do Novobanco no mesmo dia da assinatura dos acordos, investigando suspeitas de ilegalidades na venda de ativos imobiliários que terão resultado em “avultados prejuízos para o Banco em questão e para os interesses do Estado”.













