Segundo o “Financial Times”, a saída do anterior CEO da Renault, Luca de Meo, que era favorável a uma redução da participação na Nissan, abriu caminho para um novo diálogo entre os dois construtores.

As relações entre as duas empresas deterioraram-se significativamente após a detenção de Carlos Ghosn, antigo presidente da aliança, em 2018. Em 2023, a Renault chegou a acordar uma redução gradual da sua participação de 43% para 10% no capital da Nissan.

No entanto, as novas lideranças, François Provost na Renault e Ivan Espinosa na Nissan, parecem estar a reverter essa tendência.

Um porta-voz da Renault confirmou que os dois CEOs “mantêm conversas regulares” sobre como as empresas se podem apoiar mutuamente, descrevendo-o como um “bom sinal” para o futuro da parceria.

A Nissan, por sua vez, confirmou que está a “trabalhar em diversos projetos estratégicos de elevado valor” com a Renault. Exemplos recentes desta reaproximação incluem os planos da Renault para adquirir o controlo total da joint-venture na Índia e a decisão da Nissan de construir a sua própria versão do modelo Twingo utilizando a plataforma da Renault em França.

Fontes próximas do processo indicam que mais projetos conjuntos deverão ser anunciados em breve, sinalizando uma nova fase de colaboração na aliança que também inclui a Mitsubishi Motors.