As autoridades suspeitam que a compra possa ter sido financiada com fundos da própria companhia aérea, através de um complexo negócio com a Airbus. A investigação foca-se nos chamados "fundos Airbus", um financiamento de 226,75 milhões de dólares que a fabricante de aviões concedeu a uma sociedade de Neeleman, a DGN Corporation. Este montante coincidia com a penalização que a TAP teria de pagar caso incumprisse um novo acordo para a aquisição de 53 aeronaves, que substituiu uma encomenda anterior. A suspeita é que esta operação permitiu capitalizar a TAP com dinheiro que, na prática, seria pago pela própria transportadora.
Humberto Pedrosa, líder do Grupo Barraqueiro, e o seu filho David Pedrosa foram identificados como dois dos arguidos.
Numa mensagem interna, Humberto Pedrosa afirmou estar "completamente tranquilo", defendendo que a sua atuação foi sempre "pautada pela correção, legalidade e transparência".
O Governo, por sua vez, encara as diligências com "normalidade", com o ministro Miguel Pinto Luz — que era secretário de Estado com a tutela da TAP em 2015 — a declarar-se "absolutamente tranquilo" com o escrutínio.













