O CEO do BCP, Miguel Maya, admitiu que o seu banco analisou a compra do Novobanco mas decidiu não avançar, afirmando que "foi uma questão de preço".

Numa declaração irónica, acrescentou: "se fosse de graça tínhamos ficado com o banco".

Esta perspetiva indica que o valor da transação foi um fator decisivo para os concorrentes que ponderaram o negócio.

O CEO do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, também referiu que o seu banco não tinha interesse na aquisição, pois o foco é o crescimento orgânico e uma compra representaria uma diluição da rentabilidade para ganhar apenas quota de mercado.

A venda ao BPCE é, assim, vista pelos pares como a "opção correta" no contexto do mercado.

A aquisição tem ainda implicações para outras empresas, como a seguradora GamaLife, nascida da antiga GNB Vida do Novobanco, que mantém um acordo de distribuição com o banco agora sob controlo francês. A própria GamaLife está num processo de venda pelo fundo Apax, com o BPCE a ser um dos três selecionados para a segunda fase da corrida.