O processo de privatização da companhia aérea açoriana, que opera as ligações para fora do arquipélago, entrou numa fase crítica.

O único proponente, o consórcio Newtour/MS Aviation, estabeleceu como condição inequívoca a existência de um entendimento com os trabalhadores antes de formalizar a sua proposta de compra, cujo prazo termina a 24 de novembro. Numa carta aberta, o consórcio foi taxativo: “Que não subsista qualquer dúvida: sem convergência, ou seja, sem um entendimento prévio com os trabalhadores, o agrupamento Newtour/MS Aviation não apresentará qualquer proposta de aquisição”.

Um passo importante foi dado com a aprovação, por 75% dos votos, do acordo negociado com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). Contudo, as negociações com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) revelaram-se mais complexas. O consórcio lamentou que as reuniões com o SNPVAC não tenham decorrido com o “espírito de quem deseja uma negociação efetiva”, apelando diretamente aos trabalhadores para que compreendam que a “responsabilidade exige realismo”.

A proposta final apresentada ao pessoal de cabine será agora votada em Assembleia Geral, sendo a sua decisão determinante para o futuro da companhia aérea.