Este movimento confirma o elevado valor estratégico da companhia aérea portuguesa, nomeadamente o seu hub em Lisboa e as suas rotas para o Brasil e África.

A operação prevê a alienação de até 44,9% do capital da TAP, com 5% reservados aos trabalhadores.

Após o término do prazo para a apresentação de candidaturas, a Parpública, entidade gestora das participações do Estado, tem 20 dias para analisar os interessados e verificar se cumprem os requisitos, que incluem receitas anuais superiores a 5 mil milhões de euros e experiência comprovada no setor.

Os candidatos aprovados serão então convidados a apresentar propostas não vinculativas.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, considerou o interesse dos gigantes europeus como “previsível”, dados os “resultados bons e robustos” da TAP, que a tornam “uma companhia apetecível”.

O Governo assegurou que o processo será conduzido com “total transparência” e que não venderá a TAP “ao desbarato”.

Os potenciais compradores destacaram os seus pontos fortes: a Lufthansa prometeu “preservar a identidade portuguesa da TAP” e reforçar a sua conectividade global; a Air France-KLM reiterou o seu “forte e continuado interesse”; e o IAG, dono da Iberia e da British Airways, afirmou que a TAP “terá um potencial significativo dentro do IAG”, embora ressalvando a necessidade de “esclarecer vários temas antes de poder propor um investimento”. O processo de privatização, que inclui também a Portugália e outras empresas do grupo, deverá demorar cerca de um ano, dependendo das autorizações regulatórias.