Cada um dos gigantes europeus vê no hub de Lisboa um ativo crucial para expandir a sua influência em mercados-chave como o Brasil, a América Latina, os EUA e África. O interesse dos três maiores conglomerados aéreos europeus sublinha o valor estratégico da TAP, em particular do seu hub em Lisboa.

A Lufthansa pretende usar a posição da TAP para fortalecer as suas ligações com o Brasil e a América Latina, além de ver África como um mercado de grande crescimento. Para a IAG, dona da British Airways e da Iberia, a TAP representa uma “ponte natural” para os mercados lusófonos, complementando a forte presença da Iberia na América Latina hispânica e criando sinergias significativas.

Já a Air France-KLM destaca a intenção de integrar a TAP na sua “lucrativa parceria transatlântica com a Delta e a Virgin Atlantic”, focando-se no mercado norte-americano. Todos os potenciais compradores garantiram a intenção de manter a marca TAP e o hub de Lisboa, reconhecendo a sua localização geográfica privilegiada.

A competição pela companhia portuguesa é, portanto, mais do que a aquisição de uma empresa; é uma jogada para obter uma posição dominante na Península Ibérica e em rotas intercontinentais vitais, podendo redefinir o equilíbrio de forças na aviação europeia.