O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, sublinhou o caráter inédito deste interesse tripartido, afirmando: “Nunca nas três privatizações deste século da TAP apareceram as três companhias aéreas de líderes da Europa interessadas — e ativamente interessadas — na TAP”.

O Governo planeia alienar até 44,9% do capital, reservando 5% para os trabalhadores, e espera que a integração num grande grupo reforce a competitividade da TAP.

Cada um dos potenciais compradores tem uma visão estratégica distinta para a companhia.

A IAG (dona da British Airways e Iberia) vê o hub de Lisboa como uma ponte natural para os mercados lusófonos.

A Lufthansa pretende fortalecer as suas rotas para o Brasil, América Latina e África.

Já a Air France-KLM destaca a intenção de integrar a TAP na sua parceria transatlântica com a Delta e a Virgin Atlantic.

Um ponto comum a todas as propostas é a manutenção do hub de Lisboa como um ativo estratégico. O processo, que se estima demorar cerca de um ano no total, incluindo as aprovações regulatórias, avança agora para a fase de análise das manifestações de interesse, seguida pela apresentação de propostas não vinculativas.

A decisão final sobre o comprador selecionado será tomada pelo Conselho de Ministros, com base num relatório final da Parpública.