No entanto, os termos do negócio surpreenderam negativamente os investidores, provocando uma queda acentuada das ações da petrolífera portuguesa.
O acordo prevê que a TotalEnergies adquira 40% da participação da Galp no bloco PEL 83, onde se localiza a descoberta de Mopane, tornando-se a operadora. Em contrapartida, a Galp, que mantém 40% do bloco, recebe uma participação de 10% no PEL 56, que contém a promissora descoberta Venus, e 9,4% no PEL 91, ambos operados pela petrolífera francesa.
Adicionalmente, a TotalEnergies comprometeu-se a cobrir metade dos custos de investimento da Galp para a exploração, avaliação e desenvolvimento do campo Mopane. Apesar da lógica estratégica de reduzir o risco de um projeto de grande escala e diversificar o seu portefólio na bacia de Orange, a reação do mercado foi severamente negativa. As ações da Galp afundaram mais de 11% após o anúncio, sinalizando que os investidores consideraram os termos menos favoráveis do que o esperado. As estimativas de analistas, como os da UBS, apontavam para um possível pagamento inicial à Galp e uma cobertura de custos mais substancial, o que não se verificou nos moldes divulgados. Paula Amorim, presidente do Conselho de Administração da Galp, manifestou satisfação com a parceria, afirmando: “estamos felizes por estabelecer uma parceria com a TotalEnergies, uma operadora altamente experiente em águas ultraprofundas, e reduzir significativamente os riscos do Mopane”.
O negócio aguarda agora as aprovações regulamentares do governo da Namíbia, prevendo-se a sua conclusão durante o ano de 2026.














