A operação surge numa "fase delicada" para a empresa portuguesa, que procura reforçar a sua estrutura de capital e garantir o crescimento. A assembleia-geral extraordinária de acionistas foi marcada para 29 de dezembro, com o objetivo de deliberar sobre um aumento de capital de até 17,325 milhões de euros, a ser subscrito na totalidade pela MFE, grupo de media da família Berlusconi.

Com esta operação, a MFE passará a deter 32,934% do capital da Impresa.

A Impreger, holding da família Balsemão, verá a sua participação diluída para 33,738%, mas manterá o controlo do grupo.

A própria Impresa reconheceu, em comunicado, que a sua situação atual se caracteriza “pela dificuldade em obter novas linhas de crédito e renovar as atuais, o que limita a sua capacidade de assegurar com normalidade e segurança o crescimento sustentado da sua atividade”. A concretização do acordo de investimento está, no entanto, sujeita a três condições: a aprovação do aumento de capital pelos acionistas, a confirmação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de que a MFE não terá de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade da Impresa, e a garantia dos bancos credores de que não alterarão os termos dos financiamentos existentes.

Após a conclusão, será assinado um acordo parassocial para regular a relação entre os dois principais acionistas.