O Abanca finalizou em novembro a integração do EuroBic, um passo decisivo que transforma a sua operação em Portugal de uma sucursal para um banco de direito português e o posiciona como um ator relevante no sistema financeiro nacional. Com a conclusão da migração tecnológica, a mudança de marca e a fusão jurídica, os antigos clientes do EuroBic passaram a operar na plataforma do Abanca. Esta operação representa um salto de escala significativo para a instituição de origem galega, que viu a sua base de clientes ser multiplicada por quatro, a rede comercial expandir-se para 230 pontos de venda e o volume de negócios em Portugal ultrapassar os 20 mil milhões de euros. Pedro Pimenta, que liderou a sucursal durante mais de uma década, assumiu o cargo de Presidente da Comissão Executiva da nova filial.
Segundo Pimenta, a integração foi um “enorme desafio”, envolvendo 700 pessoas em 13 equipas, mas correu dentro do planeado.
A estratégia futura passa por consolidar a operação e crescer nos segmentos onde o banco já é forte, como empresas, agronegócio e private banking.
O CEO destacou a ambição de ser “o banco natural” dos fluxos entre Portugal e Espanha, especialmente com a Galiza.
A operação foi a maior da história recente do grupo Abanca, sublinhando o caráter estratégico do mercado português, que se tornou o segundo mais importante a seguir a Espanha.
A filosofia de gestão, segundo Pimenta, assenta no lema da sua mais recente campanha: “Crescer, mas sem pôr em causa a confiança”.
Em resumoA integração do EuroBic pelo Abanca solidifica a sua posição no mercado português, transformando a entidade numa filial de direito nacional com uma escala consideravelmente maior. A estratégia foca-se no crescimento orgânico em segmentos-chave e no aprofundamento das sinergias ibéricas, mantendo a confiança como pilar central.