A nova entidade combinada teria sob gestão ativos no valor de 1,9 biliões de euros, posicionando-se como líder europeu em receitas.

No entanto, o negócio enfrentou forte oposição por parte do governo italiano de Giorgia Meloni. A principal preocupação prendia-se com o facto de a Generali ser a maior adquirente de dívida pública italiana, levantando receios de que a fusão pudesse comprometer a soberania financeira do país.

Embora o CEO do BPCE, Nicolas Namias, tenha contestado esta visão, argumentando que o projeto reforçaria a soberania financeira europeia, a pressão política parece ter sido decisiva para o colapso das negociações. O fracasso desta fusão representa um revés significativo para a estratégia de expansão do BPCE, que, no entanto, continua a avançar com outros projetos, como a aquisição do Novobanco em Portugal.

O episódio ilustra como os interesses nacionais e as preocupações geopolíticas podem constituir obstáculos intransponíveis para grandes negócios transfronteiriços no setor financeiro europeu.