A transação representa um marco para o grupo português, permitindo um reforço da sua capacidade de investimento e diversificação. A venda, cujo fecho está previsto para o primeiro trimestre de 2026, deverá gerar uma mais-valia estimada de 400 milhões de euros para a Semapa, embora o valor exato só seja apurado após auditoria. Esta operação foi descrita pelo diretor-executivo da Semapa, Ricardo Pires, como um “movimento estratégico para o grupo, permitindo fortalecer a nossa capacidade de investimento, dentro da estratégia delineada de diversificação do ‘portefólio’”. A reação do mercado foi expressiva, com as ações da Semapa a dispararem quase 21% após o anúncio, refletindo a perceção de valor destravado pelo negócio.

Para a Cementos Molins, a aquisição da Secil, fundada em 1930 e com forte presença internacional, representa uma expansão significativa.

O diretor-executivo do grupo espanhol, Marcos Cela, destacou a oportunidade de, em conjunto, expandir a “oferta de soluções circulares e de baixo carbono” e criar novas oportunidades para os colaboradores de ambas as empresas. A transação está sujeita às condições habituais para este tipo de operações, marcando um dos negócios mais relevantes do ano no panorama empresarial ibérico e reconfigurando o setor cimenteiro.