A atividade foi impulsionada por mega transações e pela necessidade estratégica das empresas de se reposicionarem num cenário económico complexo.

Segundo um relatório da Bain & Company, o valor global de M&A deverá atingir 4,8 biliões de dólares em 2025, um aumento de 36% face a 2024. Este crescimento foi impulsionado por uma “onda de mega transações” (negócios de pelo menos cinco mil milhões de dólares), muitas vezes realizadas por “compradoras pouco frequentes”.

Setores como a tecnologia, impulsionado pela IA, e a manufatura avançada lideraram esta recuperação, que foi transversal a todas as regiões geográficas.

Em contrapartida, uma análise da Schroders, focada nos mercados privados, aponta para uma dinâmica diferente. Nils Rode, diretor de investimentos da Schroders, refere que nos últimos anos a atividade de M&A nos mercados privados “diminuiu de forma generalizada”, o que levou a uma “recalibração” do mercado. Esta dissociação cíclica, segundo a Schroders, criou um ambiente “mais saudável” para novos investimentos, com “preços de entrada atrativos e um potencial de rendimento melhorado”. Esta visão sugere que, enquanto o mercado de grandes transações estratégicas aqueceu, o segmento de private equity passou por um período de ajuste e disciplina.