A operação, cujo fecho está previsto para o primeiro trimestre de 2026, deverá gerar uma mais-valia estimada em 400 milhões de euros para a Semapa. A notícia foi recebida com forte otimismo pelo mercado, resultando numa valorização de mais de 20% das ações da Semapa no dia do anúncio. Segundo Ricardo Pires, diretor-executivo da Semapa, esta é uma “operação que representa um movimento estratégico para o grupo, permitindo fortalecer a nossa capacidade de investimento, dentro da estratégia delineada de diversificação do ‘portefólio’”. Do lado da compradora, Marcos Cela, diretor-executivo da Molins, destacou a expansão da oferta de soluções de baixo carbono e deu as boas-vindas aos 2.900 colaboradores da Secil. A complexidade da transação exigiu a assessoria jurídica da Linklaters à Semapa.

Analistas financeiros consideram que o encaixe financeiro abre a porta a um eventual dividendo extraordinário para os acionistas, embora alguns defendam que a prioridade deveria ser a redução da dívida e o reinvestimento seletivo para otimizar a eficiência financeira, uma abordagem que alinharia a Semapa com outras grandes cotadas como a Galp e a EDP.

A venda poderá ainda ter implicações na política de dividendos da Navigator, outra empresa participada pela Semapa.