A transação, com um "enterprise value" de 1,4 mil milhões de euros, deverá gerar uma mais-valia de 400 milhões de euros para a Semapa em 2026, representando um dos negócios mais relevantes do ano no setor industrial português.

A operação, assessorada juridicamente pela Linklaters, está prevista ser concluída no primeiro trimestre de 2026 e reflete o forte interesse internacional pela indústria cimenteira nacional.

O encaixe financeiro substancial abre várias possibilidades estratégicas para a Semapa.

Analistas consultados pelos media indicam que a empresa ganha margem para distribuir um dividendo extraordinário aos seus acionistas, embora alertem que a prioridade poderá ser a otimização da estrutura de capital, nomeadamente a redução da dívida e o reinvestimento em áreas de maior retorno. A venda da Secil poderá também ter implicações na Navigator, outra empresa do universo Semapa, uma vez que a necessidade de esta pagar dividendos intercalares para capitalizar a holding poderá diminuir.

O negócio permite à Semapa uma reorientação estratégica, enquanto a Cementos Molins reforça a sua posição no mercado ibérico com a aquisição de um ativo de grande dimensão e relevância.