Em resposta, a empresa ativou um plano de mitigação, enquanto os passageiros afetados procuram informações sobre os seus direitos a compensações e remarcações.
A paralisação dos trabalhadores de 'handling' teve um impacto imediato e visível, com o cancelamento de pelo menos 36 voos (22 partidas e 14 chegadas) no aeroporto de Lisboa num único dia. Esta greve sublinha a vulnerabilidade do setor da aviação a disrupções nos serviços de terra, um elo crítico na cadeia operacional dos aeroportos. A Menzies reagiu ativando um plano de contingência para “assegurar a continuidade operacional e a qualidade dos serviço”, afirmando que a resposta foi implementada com “total respeito pelos direitos dos trabalhadores”.
Para os passageiros, a situação levantou questões sobre os seus direitos em circunstâncias extraordinárias.
Segundo especialistas, embora a greve possa isentar as companhias aéreas de indemnizações por atrasos ou cancelamentos, estas mantêm a obrigação de prestar assistência, como alimentação, alojamento e a opção de reembolso ou remarcação do voo.
Uma questão central prende-se com a bagagem extraviada, um problema recorrente em greves de 'handling'. A legislação europeia prevê que os passageiros possam ter direito a uma compensação até 1.920 euros por bagagem perdida, uma vez que a responsabilidade da transportadora se mantém.
O conflito laboral na Menzies ilustra, assim, a complexa interação entre o direito à greve, a estabilidade de um setor económico vital e os direitos dos consumidores, que se veem apanhados no meio de disputas laborais com consequências diretas nas suas viagens.