Profissionais de saúde do Algarve avançam com greve contra a exaustão e falta de recursos
Profissionais de saúde do Algarve, incluindo médicos e enfermeiros, agendaram uma greve de 24 horas para 7 de agosto, em protesto contra a exaustão acumulada e a falta de recursos humanos. A paralisação visa alertar o Governo para a degradação das condições de trabalho na Unidade Local de Saúde (ULS) da região. A convocação da greve surge como uma resposta à “exaustão acumulada e à falta de resposta do Governo” perante a carência de profissionais e o agravamento das condições laborais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) algarvio. Este protesto insere-se num contexto mais vasto de pressão sobre o SNS, particularmente em regiões como Lisboa e o Algarve, que enfrentam uma “escassez estrutural de recursos humanos”.
A situação no Algarve é especialmente crítica durante o verão, quando o aumento exponencial da população turística sobrecarrega serviços já no limite da sua capacidade.
Segundo um representante sindical, os problemas não se resolvem com “tentativas de maquilhagem”, sendo urgente a contratação de “médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos”. A greve não se foca apenas em reivindicações salariais, mas representa um apelo mais profundo por um investimento estrutural e uma gestão de recursos mais eficaz por parte da Direção Executiva do SNS.
A paralisação simboliza a crescente frustração dos profissionais de saúde, que sentem a sua capacidade de prestar cuidados de qualidade comprometida por falhas sistémicas. A ação serve, por isso, como um forte sinal político, exigindo mais do que soluções temporárias para garantir a sustentabilidade dos cuidados de saúde numa das principais regiões turísticas do país, onde a procura sazonal expõe as fragilidades crónicas do sistema.
Em resumoA greve dos profissionais de saúde do Algarve, marcada para 7 de agosto, é um protesto contra a exaustão e a carência de recursos humanos, problemas crónicos no SNS, agravados pela sazonalidade turística. A paralisação reflete um descontentamento profundo e exige uma resposta estrutural do Governo para evitar o colapso dos serviços na região.
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