menulogo
Notícias Agora
user
Atualidade August 3, 2025

Paralisação de Taxistas em Angola Desencadeia Violentos Tumultos e Dezenas de Mortos

Uma paralisação de taxistas em Angola, em protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis, degenerou em violentos tumultos em várias províncias. A situação resultou num balanço trágico de dezenas de mortos e feridos, bem como em mais de mil detenções e vasta destruição de propriedade pública e privada. A greve, convocada por cooperativas e associações do setor, rapidamente extravasou o âmbito laboral, transformando-se num protesto social de grande escala que abalou Luanda e outras províncias como Benguela, Huíla e Malanje. O que começou como uma paralisação contra a subida do preço dos combustíveis evoluiu para atos de vandalismo, pilhagens e confrontos diretos com as forças de segurança. O balanço provisório da Polícia Nacional de Angola é devastador, apontando para 30 mortos e 277 feridos, entre os quais se contam dez elementos das forças de defesa e segurança.

News ImageNews ImageNews Image

A resposta das autoridades foi massiva, resultando na detenção de 1.515 pessoas.

A destruição material foi igualmente significativa, com 118 estabelecimentos comerciais vandalizados, 24 autocarros públicos e mais de 20 viaturas particulares danificados.

Perante a escalada de violência, a Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) demarcou-se dos atos, atribuindo-os a “oportunistas” e anunciando a suspensão da greve. O governo angolano classificou os acontecimentos como “ações criminosas” e um “ataque ao Estado democrático e de direito”, iniciando de imediato processos judiciais sumários contra, pelo menos, 240 dos detidos.

A situação expõe as profundas tensões sociais e económicas no país, onde uma reivindicação setorial se tornou o rastilho para uma explosão de descontentamento com consequências fatais e um forte impacto na estabilidade nacional.

ai briefingEm resumo
A greve dos taxistas em Angola transformou-se num violento protesto social, evidenciando profundas tensões económicas. A repressão estatal e a subsequente ação judicial em massa, juntamente com o trágico balanço de mortos e a destruição generalizada, sublinham a fragilidade do contexto angolano e as consequências extremas de conflitos laborais que extravasam para a esfera civil.

Artigos

5

Atualidade

Ver mais
categoryVer categoria completa
Close